Liberta!
Liberta a borboleta de sua crisálida
voa livre por entre perfumosas flores
movimentos ritmados em asas pálidas
beija cada delas em suas multicores
Alça ao céu em suas vestes virgens
e alcança a nuvem branca e macia
rememoração de antigas vertigens
que há muito tempo se penitencia
E recorda o passado com nostalgia
de um amor que reinou absoluto
fazendo a alegria de horas do dia
até que o tempo o tornou um luto.
Mas desperta em sua metamorfose
agora a borboleta voa alegre e feliz
contando do ser e da vida a apoteose
pela prosa e poesia que muito diz
Canta a natureza em contemplação
ouvindo o chilrear dos passarinhos
em entardeceres plenos de arribação
e esvoaçantes procuram seus ninhos
Observa o lento florescer da rosa
a cada dia despontando mais bela
em seu esguio caule viçoso e prosa
a ser da rara beleza uma sentinela
E assim observando a natureza
voa liberta a borboleta dourada
do viver não demonstra certeza
será um dia ainda muito amada?
Santos, SP
15/03/06
03:00 hs.
Guida Linhares
Enviado por Guida Linhares em 15/03/2006
Alterado em 14/04/2006