Canteiro dos girassóis

Desvelando o sol poético.

Textos

Flores da Amizade
Guida Linhares

Andava tristonha, nem sabia bem porquê!
Parecia que as cores do arco-íris haviam desbotado,
e a chuva forte deixara estragos no coração.
Volvia os olhos ao céu e rezava para que,
uma luz viesse iluminar, trazendo o bálsamo anelado,
que me fizesse sentir de novo, a mais pura emoção.

E assim caminhando na margem do rio da vida,
olhando as águas cristalinas que buscam o mar do amor,
ia pensando nas fases que às vezes passamos,
em que os nossos melhores sonhos parecem desmaiar,
e nos sentimos sozinhos ainda que no meio da multidão,
e tudo o que mais queremos é sorrir de novo, ganhar amplidão.

E foi deste jeito que te encontrei; uma flor caída no chão!
Havias perdido tantas coisas e o desânimo tomou conta de ti.
Não acreditavas mais em Deus e nem no poder da oração.
Te deixaste ficar entre as pedras, entristecida e solitária,
murchando a cada estação, sem ânimo de seguir em frente,
sentindo-se esvaziada da plenitude amorosa e divina.

Mas o acaso fez com que nos encontrássemos,
e nossas pétalas se abraçaram deixando vazar as lágrimas,
que se tornaram pequenos diamantes aos nossos olhos,
desenterrando os sorrisos que haviam perdido o rumo.
Ao longe se ouvia o eco: - O Senhor é Teu Pastor, e nada te faltará!
Se tens Amor e Bondade, serás eterna flor da Amizade!

Santos/SP - 24/01/09

Guida Linhares
Enviado por Guida Linhares em 23/03/2009
Alterado em 23/03/2009


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