Canteiro dos girassóis

Desvelando o sol poético.

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O Encontro de Almas > Walter Brios/Quando as almas se afinam > Guida Linhares
O ENCONTRO DE ALMAS




E das suas falas surge a revelação

Os olhos não enxergam o que se vai

O caldo transborda do coração e cai

Para o mundo dos mortais

Que choram ao sentir o laço das palavras

Prendendo a imaginação como um forte abraço

É natural ficar sem fôlego neste momento

E aí, para nada mais existe espaço

O falar das almas é como um vento

Fluindo silencioso por inadvertidas mentes

Na maioria das vezes o escritor nem sente

Aquilo que escreveu e admira suas letras

Pergunta a si mesmo...

Teria sido eu o escritor de tão suaves letras?

Às vezes nem imagina

O que se vai nas profundezas do seu eu

E assim, falam as fadas

E as traduzem as vozes dos poetas

Que entendem o murmúrio das almas

E suas juras secretas

Para depois abraçar corações e almas.

Ou não as entendem, mas escrevem os poetas.



©WalterBRios®



QUANDO AS ALMAS SE AFINAM


No murmúrio das almas que se afinam

soam as vozes de seres angelicais

quando em sintonia se realinham

parecem as falas ritmadas dos jograis



E num átimo de momento consentido

as palavras jorrando aos borbotões

mil sonhos são enfim compartilhados

unindo para sempre sensíveis corações



Que ávidos percorrem as mil palavras

versejadas no doce anoitecer enluarado

em que o poeta se inspira e deita as lavras

do sentir-se como eterno ser apaixonado



Pelo multifacetado sofrimento se impõe

o escrever em prosa e verso redobrado

matizes da vida inspirados ele recompõe

em suaves tramas de sutil rebordado



Guida Linhares



Guida Linhares
Enviado por Guida Linhares em 15/05/2006
Alterado em 15/05/2006


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