Penumbra
PENUMBRA
Guida Linhares
Na doce ilusão a persistir,
minha alma se enlaça.
Em suave e pleno consentir
do amor que há na taça.
Porém a noite se esvai, toda nua
de tristeza e sutil ferimento.
Vestes minh´alma que é tua,
desfazes assim o sofrimento.
Na angústia do querer compartilhar,
do instante da ternura desejada,
estarei longe, sem te afagar
Na penunbra da atróz amargura
de não poder assim te ver e amar,
reabro os portões da minha clausura.
Santos/SP/Brasil
24/05/06
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