Canteiro dos girassóis

Desvelando o sol poético.

Textos


Penumbra

PENUMBRA

Guida Linhares

 

Na doce ilusão a persistir,

minha alma se enlaça.

Em suave e pleno consentir

do amor que há na taça.

 

Porém a noite se esvai, toda nua

de tristeza e sutil ferimento.

Vestes minh´alma que é tua,

desfazes assim o sofrimento.

 

Na angústia do querer compartilhar,

do instante da ternura desejada,

estarei longe, sem te afagar

 

Na penunbra da atróz amargura

de não poder assim te ver e amar,

reabro os portões da minha clausura.

 

Santos/SP/Brasil

24/05/06

 

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Guida Linhares
Enviado por Guida Linhares em 09/07/2006
Alterado em 24/05/2025


Comentários
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Esta é uma obra-prima valiosa.Comprimentos
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Valrita
Guida... Que lindo Soneto! Quantas vezes nos encontramos assim: desolados e amargurados... Bjs
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Malubarni
Guida: Sem clausura...ela é muito dura...mesmo sem poder ver o ser amado, ame o do lado, e fique bem perto de nós.Beijos.Malu
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Boa tarde Guida. Belíssimo soneto amiga. Gostei imensamente. Bjs. no seu coração. Kolemar RIos
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Polar
Guida! Não tenho palavras para lhe dizer o quanto seus textos mexem comigo! Há um quê de meu ser em suas palavras! He!he! Beijos!



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