ARRUMAR A MALA?
Guida Linhares
Mas como, se a cada novo dia,
mudam-se as coisas de lugar,
e por vezes o convívio é um tanto difícil...
Temos que ter sempre estoques
de esperança e perdão, de confiança e compaixão.
Tantas vezes tiramos tudo dentro da mala,
conferindo cada sentimento despertado,
na emoção partícipe do girar do mundo.
E cada peça vai representando
o caleidoscópio de nossos sentimentos.
Aqui, a serenidade de podermos apreciar
tanta beleza nos seres e na mãe natureza.
Ali, percebemos aquele perdão
que não nos foi concedido, apesar do pedido.
Em outro canto da mala, aquelas pessoas que não entendem
que cada um de nós tem idéias próprias, pois somos seres singulares.
Mas temos também um amável espaço: o sorriso trocado,
o abraço caloroso, a palavra justa e sábia, o compartilhar de sonhos e ideais,
e tantos outros momentos bons e felizes, que até mesmo
os maus momentos podem ser considerados um desafio vencido.
Quem sabe, melhor seria rearrumarmos a mala antes de cada adormecer,
considerando as demandas do dia como aulas da escola da vida.
E depois, adormecermos em paz, na certeza de que cada passo que demos,
cada escolha consciente, cada ação e reação, representou o melhor de nós mesmos.
O importante é não parar de caminhar, ainda que a mala às vezes pese,
e se precise de uma pausa para refletir e jogar fora tantas coisas desnecessárias.
E deixar apenas a leveza desvelada pela Fé em Deus, o Amor incondicional
e a Alegria de fazer parte de um universo sempre em expansão,
onde cada qual desempenha divina e auspiciosa missão.
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Guida Linhares
Enviado por Guida Linhares em 02/07/2010