DOCE MELODIA
Guida Linhares
Ao som dos acordes do violino,
relembro os tempos de ternura.
Agora são fragmentos do destino,
colocados em potes de amargura.
Eras o grande amor da minha vida,
mas o cotidiano amornou nossos dias,
e os tantos anos juntos em guarida,
não segurou o momento das agonias.
E escolhemos caminhos diferentes,
na bifurcação de sonhos desiguais.
Naquele momento estavam presentes
outros desejos. Abrir mão, jamais!
E já se passaram quase cinco anos
e continuamos sozinhos, sem ninguém!
Choro lágrimas por todos os enganos,
sombreando um amor que virou réquiem.
A doce melodia ecoa pelo universo,
aquecendo o coração dos enamorados.
Pego da pena e escrevo um verso:
Quisera estarmos ainda apaixonados.
Santos/SP/Brasil
14/07/10
Participação em quinteto poético, da amiga e poetisa Naidaterra, sob o tema
"Doce Melodia"
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