I
Que a saudade não te açoite
nem lembranças do passado.
Venha o dia, desça a noite, a esperança é o teu cajado.
II
É na dor desta saudade
Deixada quase esquecida
Eu diria na verdade
Que estaria adormecida
III
Da saudade prisioneira
as algemas quero tirar.
Do hoje ser passageira,
conjugando o verbo amar.
IV
A saudade faz um ninho
que nos deixa aprisionada.
Foge dela, de mansinho
não a deixes ter morada.
V
À saudade dei carona
quando olhei a tua foto.
Velho amor que me aprisiona
em seu passado remoto.
VI
Do amor que ainda lampeja
dentro da chama vazia
breve faísca que seja
incendeia e alumia.
Guida Linhares
Santos/SP/Brasil
08/09/10
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