Tempestade na alma
Tempestade na alma
Guida Linhares
As gotas caem como chumbo
no coração ferido;
foram muitas as ilusões do sentido.
Lutar para ser feliz
ou se deixar ficar à deriva;
como um naúfrago distante da estiva.
Agarrado a farrapos loucos,
estraçalhado em sentimentos;
fuga desesperada, só em lamentos.
Vaga incerta a nau do desesperado.
Olhar baixo, horizonte sombrio,
nada além do mar bravio.
E a tempestade a fustigar a alma.
Dispersaram-se no éter os seus sonhos,
não há mais devaneios risonhos!
Apenas o cair da fria noite,
trazendo a chuva escorrida em prantos.
Oxalá ela possa lhe devolver seus encantos!
Santos/SP
05/02/07
Guida Linhares
Enviado por Guida Linhares em 05/02/2007
Alterado em 10/03/2007