Canteiro dos girassóis

Desvelando o sol poético.

Textos

Zelisa, uma nova estrela
** ZELISA, UMA NOVA ESTRELA **

Guida Linhares


A Via Láctea em festa comemora o nascimento
de uma nova estrela.
Uma alma luminosa, que pediu passagem,
trazendo seus símbolos sagrados.
Todas as portas do céu se abriram
para recebê-la com honras de
estrela de primeira grandeza.
Defensora ardorosa da natureza,
trazia um coração amoroso,
e a bagagem de sabedoria,
que amealhou em seu espírito de luz.
Nunca se curvou às pressões,
e sempre defendeu as causas justas
e as liberdades individuais.
Mulher autêntica e de fibra,
sempre soube ser amiga leal e carinhosa,
mesmo com seu jeito forte e terno ao mesmo tempo.
Tracejava em versos seus pensamentos,
e encantava a todos com a sua singularidade.
Agora, em noites enluaradas
ela no céu transita,
e muitas vezes teremos a impressão
de ver uma Loba do Cerrado amamentando seus filhos,
ou até mesmo o vôo de uma Águia Dourada,
transpondo a barreira do planeta,
vindo inspirar os tantos amigos e amigas
que aqui deixou, ou simplesmente sussurando em seus ouvidos

NAMASTÊ
(O Deus em mim sauda o Deus em você).

Que as lágrimas de saudades de todos nós,
se transformem em suaves pingos de luz,
acariciando a mais nova e brilhante estrela,


Zelisa Camargo.





APENAS UM LAMENTO XAMÂNICO

Loba Do Cerrado


Oh! Mãe Natureza

,

Meu grito hoje clama pela tua misericórdia

Pelo alivio do sofrimento dos oprimidos

Dos que nada podem fazer diante o impasse da vida

Diante da morte crucial .

Da partida dos que amamos.

Da dor da perda.

O Mãe Natureza que tua força reine nesse planeta

Fortificando cada filho teu

Que grita pela liberdade

Pelo respeito de serem considerados homens

Por tua cidadania

Por teu pedaço de terra que todos tomam

Impiedosamente.

Hoje junto todos os clamores

Todos os gritos calados e sufocados

Em gargantas que nada podem dizer.

Pelas pernas que não podem caminhar

Pelos braços mutilados.

Pelos erros de todos médicos que não tem a mínima consideração.

Choro pelas balas perdidas em corpos infantis

Pelas crianças que carregam armas e se guerreiam por nada, apenas por desamor dos senhores da guerra.

Clamo pela paz a essa humanidade.

Para o alivio de todas as almas errantes.

Pelos adormecidos.

Pelo egoísmo ainda imperante .

Pela ambição e destruição do nosso planeta terra.

Meu povo se une e quebra todas as lanças

Clama pela paz e união de todos os irmãos


Independente de credo, cor, nacionalidade,

Pois somos Unos perante a Mãe Terra.

Que meu grito calado chegue aonde o vento possa levar

E toque na alma de cada ser.

Oh! Grande Mãe da Natureza

Abençoai toda essa Humanidade Hoje e Sempre.

***********


Som > Enio Morricone > Finale

(Homenageando a grande amiga, desejando receber formatada, enviar email para guidalinhares@gmail.com)

Guida Linhares
Enviado por Guida Linhares em 16/02/2007
Alterado em 16/02/2007


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