Sou...
SOU...
Guida Linhares
Sou apenas uma margarida
que tenta ser feliz
em meio a tantas flores
que esperam o abraço do vento
o beijo ardente do sol
o carinho dos beija flores
e o olhar dos apaixonados.
Quando em buquê,
ofertado à namorada,
a simplicidade do branco
simboliza a serenidade;
o miolo amarelo,
a esperança do amor
sempre presente.
Meu caule é frágil,
mas assim fui feita,
para vergar-me ao vento;
assim como um grande amor,
para ser eterno,
submete-se ao destino.
Santos/SP - 07/03/07
...*...
Participação no octeto da querida amiga poetisa Rivkah Cohen
...*...
Sou areia
que pelo vento inspirada,
espargi.
Sou pássaro que em revoada,
me distanciei,
das fileiras saí..
Sou,
por mais que não queiras,
como o sol
que ardentemente tua pele queima,
mas sem querer te ferir.
Sei que tenho esses componentes,
pois aqui nasci.
Tenho garra,
sempre serei a primeira,
enquanto tentam fugir.
Sei quem sou
e qual chuva esparsa
volto a ser areia
que um dia se levantou, se fez poeira
e saiu por aí..
rivkahcohen
...*...
Não sei exatamente por onde vou,
mas sei quem sou,
Sou filha da terra,
Não sou prometida,
mas sou comprometida...
O vento não leva minha sombra,
mas ronda minh'alma,
Meu pranto se acalma...
Nada sou...
Mas igual aos outros não sou!
Com o sol na face,
sigo sem disfarces,
sem medo do embate,
Percorrendo caminhos áridos,
posso ser primeira,
posso ser última,
mas sempre serei eu!
Sem medo do tempo,
sem medo da dor...
Nunca me deixarei cair...
E assim vou indo por aí...
Catherine Roosenfild
pra RivkahCohen
...*...
Sim,
sou areia...
base das palmeiras,
batida pelas infindáveis azuis ondas,
a que o mar carrega e que pisas,
no deleite,rindo da pegada.
A de ampulheta,
mostrando o tempo que me resta
e o que vivi;
a trazida pelo suão,
vento com aroma de deserto,
humedecendo teus olhos um ínfimo grão,
que ou sacodes
ou vagarosamente e sonhadora,
desliza entre os dedos afinal um grão
igual a tantos outros milhões iguais...
e diferente de todos,se na tua mão
e no teu olhar...
Henrique Ramalho
...*...
Sou
Sou um ser perdido
no meio do deserto
embalado
por cantos israelitas
Sou irmão
de todos os filhos de Deus
que amam a Paz
a Harmonia
a Dignidade humana
Sou um sorriso
para o futuro da humanidade
que cresce com as crianças
na felicidade e na sua protecção
Beijo as flores
no seu encanto
no seu aroma
embaladas pelo vento
Sou um poeta
que se sente feliz
na companhia da amizade
de RivkahKohen
Com o sorriso
para uma humanidade
que se quer próspera
neste mundo
por vezes de violência
Cada grão de terra
no deserto
pacífico
poderá ser mais um poema.
Pedro Valdoy
Lisboa Fevereiro 2007
...*...
Sou...
Sou como um rio de águas turvas
Correndo ao léu sobre as agruras
Lavando o fel da margem impura
Do vício louco da paixão
Sou luz do Sol mirando a Lua
Que tão tímida se insinua
E reflete o brilho que atenua
O lado obscuro do coração
Sou chuva forte lavando a rua
Por onde andas à luz da Lua
Buscando rimas nas esquinas duras
De tua vida louca e sem razão
Sou vendaval soprando runas
Dos teus segredos e letras nuas
Diluindo tuas verdades cruas
Num tom harmônico de diapasão
Sou teus anseios, tuas loucuras
Teu lado místico, tua caricatura
O teu Narciso na fonte lúdica
O amor que buscas, sou o teu perdão
Luiz(cacau)
...*...
Sou apenas uma margarida
que tenta ser feliz
em meio a tantas flores
que esperam o abraço do vento
o beijo ardente do sol
o carinho dos beija flores
e o olhar dos apaixonados.
Quando em buquê,
ofertado à namorada,
a simplicidade do branco
simboliza a serenidade;
o miolo amarelo,
a esperança do amor
sempre presente.
Meu caule é frágil,
mas assim fui feita,
para vergar-me ao vento;
assim como um grande amor,
para ser eterno,
submete-se ao destino.
Guida Linhares
Santos/SP
...*...
Sou canto que não desafina
grito que não sufoca
mulher com alma de menina
que na esperança transporta
seu sonhos, suas ternuras,
seu jeito de querer bem
no corpo sempre por perto
e na alma indo além
Sou peregrina da fé
da sorte ,resignação
o prazer da minha mesa
é ter com quem dividir meu pão
Sou pés cançados da caminhada
mão calejadas de trabalhar
pela pobreza humilhada
mas a riqueza é aqui estar
Já fui do mar a turbulência
na carência de não ser amada
hoje sou água clara e mansa
na constância do meu sempre "amar"
(Beatriz por um triz*)
...*...
Não me conheço
E prefiro que assim seja...
Acho bom o começo,mas o fim desconheço
Era sem peleja minha vida sertaneja
E dela tenho muito apreço, mas receio o recomeço
Embora a almeje,sabendo não desfrutá-la de bandeja...
Fui tantas coisas!!! Impelido ou por ser travesso?
E agora?
Sou deste mundo, imundo, que não aceita caipora
Como era outrora
Mulher era senhora;
Homem com H maiúsculo não fugia porta afora
Sou, portanto, um produto híbrido
Para consumo do que está mal construído...
Posso dizer que sou anfótero
Sem a curiosidade de Nero quanto ao útero
Ou minha sobre o glúteo...
Assim penso levar a vida embora ele me leve...
Nem sempre de leve...
Pois já fui até almocreve
Numa época em que não havia greve...
Nem minha ou de quem tocava...
A mulher que eu quis era de outro país
Mais bela que a flor-de-lis
Sua beleza de atriz me fez pensar em ser aprendiz
de ser feliz, mas era outra sua diretriz...
Sua raiz sempre esteve na matriz...
Por tudo isso digo: não me conheço...
Mas existo e tenho um nome:
Nilmar Velasco
...*...
Guida Linhares
Enviado por Guida Linhares em 12/03/2007