ASSALTO
Guida Linhares
Ia a Sonia toda prosa
para as compras do Natal.
nem de longe receosa
com algum desfecho fatal.
Mais eis que a mão do destino
na mente de alguem perverso,
que em franco desatino,
quase lhe tira o verso.
Mas Sonia é protegida,
pelo manto de Jesus,
com sua testa ungida,
em óleos da Santa Cruz.
A morte veio certa,
ao assaltante baleado,
pobre alma deserta,
que agia sempre errado.
E Deus sabe mais que nós,
os meandros de cada vida.
O mal passa longe e velóz,
quando a pessoa é querida.
Sonia, desamarra a tua alma,
amorosa, autêntica e bela.
E na esperança que acalma,
Jesus reabre a tua janela!
Santos/SP/Brasil
12/01/05
Do baú de recordações, poema dedicado a querida poetisa Sonia Maia, que foi assaltada na porta de casa, no Natal de 2004, e o assaltante foi baleado por um soldado que estava passando no local, e veio a falecer nos braços de Sonia, que ficou traumatizada com a situação.
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Guida Linhares
Enviado por Guida Linhares em 05/06/2007
Alterado em 11/01/2012