O céu do poeta
Exercício poético> Glosa ao terceiro mote do soneto
Meu céu interior, do nosso poeta J. G. de Araujo Jorge
Não procures um poeta compreender...
os versos que umas coisas nos desnudam,
outras coisas, ocultam, sem querer....
***
O céu do poeta
Guida Linhares
Não procures um poeta compreender...
Não há razões que consigam
neutralizar suas melhores emoções.
O poeta transcende o pensamento!
A inspiração manuseia as palavras;
os versos que umas coisas nos desnudam,
em outras nos cobrem de vestes douradas,
nos fazendo sonhar de olhos abertos.
Passear nas entrelinhas dos poemas,
faz com que enxerguemos muito além;
outras coisas, ocultam, sem querer....
na sutil ambiguidade do seu ser.
Santos/SP - 18/07/07
*****
MEU CÉU INTERIOR
J. G. de Araújo Jorge
Se esses teus olhos, no meu livro, imersos,
encontrassem diversas emoções,
-não tentes decifrar: mil corações
nós os temos num só, todos diversos...
Os meus poemas aqui, vivem dispersos,
como as estrelas... e as constelações
no céu das minhas íntimas visões,
no meu céu interior... cheio de versos.
Não procures um poeta compreender...
os versos que umas coisas nos desnudam,
outras coisas, ocultam, sem querer....
Uns, são felizes... outros, ao contrário....
- No rosário da vida, as contas mudam,
e os versos são as contas de um rosário!
http://www.secrel.com.br/jpoesia/jgaraujo02.html
Guida Linhares
Enviado por Guida Linhares em 18/07/2007